sábado, 28 de abril de 2018

CARNAVAL NA ILHA: TRIOS E FOLIÕES

Autoria: Belém Antiga

O vídeo circula na rede há algum tempo. Alguns apostam que ele é de 1995, outros apontam para o ano 2000. Uma coisa é certa. Tem quase 20 anos, quando a Ilha de Mosqueiro era invadida pelos trios e pelos foliões em uma festa animada, mas muito mais tranquila que a dos dias de hoje.
A música foi editada. Para ambientar o passeio (literalmente) que o autor fez, e que leva o leitor a se sentir parte daquela festa, Belém Antiga escolheu o mix do Fruta Quente , que está voltando ao carnaval com o bloco na Cidade Velha.
Não mostra muito, mas transporta o saudoso folião para aqueles dias descompromissados no Murubira e no Ariramba. Atrás do trio elétrico, imitando a coreografia, lembranças de um carnaval que ficou na memória.


NA ROTA DA HISTÓRIA: A ORIGEM DO BISCOITO MONTEIRO LOPES


Autoria: Belém Antiga

A desconhecida história de um doce, de alma portuguesa, mas “parido” em Belém do Pará, mais precisamente, no centro de cheiros e sabores da capital. Uma história de amor e de igualdade de raças.
O “ Monteiro Lopes” tem massa de empada, e mistura preto e branco, nascido em uma época em que esta química era algo não muito aceito pela elite de então. Conta a lenda ( trazida até aqui pelo Wikipedia) que entre 1850 e 1890, duas padarias disputavam a preferência dos consumidores naquela Belém, restrita ainda a 3 ou 4 bairros do núcleo original. Uma estaria localizada na Travessa Oriental do Mercado ( municipal ), que antecedeu ao Mercado de Ferro de Carne, e a outra na Travessa Ocidental do mesmo mercado. Naqueles anos, como nos seguintes, o segredo da freguesia estava nas receitas dos quitutes preparados para a clientela.
E teria sido por causa de biscoitos especiais que a história se desenrolou. Manoel Monteiro, mulato, dono da primeira padaria fazia seus biscoitos muito apreciados, mas nem queria ouvir falar do concorrente. No outro lado do mercado, outro biscoito disputava a preferência dos gulosos.
Quem produzia a iguaria era Antonio Lopes, dono da segunda padaria. Eram cores e paladares diferentes, até que os pais morreram e os filhos teriam se casado, unindo os negócios e juntando nomes. “Monteiro Lopes” une o negro e o branco, e endossa mais uma história de amor para povoar as lendas desta terra.

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Fonte: Wikipedia / Imagens da Rua da Praia, 15 de novembro na segunda metade do século XIX. Ao centro o antigo mercado municipal, destruído pelo incêndio, onde foi construído o Mercado Francisco Bolonha.