terça-feira, 5 de dezembro de 2017

MEIO AMBIENTE: O RIO-MAR RECLAMA SEU ESPAÇO!

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Há exatamente dois meses começou a construção do muro de arrimo para conter a erosão na praia do Marahu, na ilha do Mosqueiro, em Belém do Pará. Na época, a construtora Impax, responsável pela obra, informou que o muro foi calculado para segurar a força da maré, que na fundação seriam implantadas 200 estacas a uma profundidade de dez metros cada e construídos blocos de concreto sobre os quais seria erguido o muro com três metros de altura, com sua maior parte enterrada para suportar a força das águas. Foi evidenciado, ainda, que a obra contava com a experiência e a qualidade da empresa que fez fundação do viaduto da Av. Independência com estacas-raiz.
Pois bem. Hoje, o procurador de justiça Cláudio de Melo, do Ministério Público estadual, fez estas fotos do muro, já com partes desabadas, e anunciou que tomará providências. 

Para a obra, foram liberados R$23 milhões através do Ministério da Integração. A prefeitura de Belém enviou um plano de trabalho para a Defesa Civil Nacional, detalhando como executaria a recuperação da orla, a documentação foi analisada e aprovada pelo governo federal. Cabe, agora, tripla explicação. 

FONTE: https://uruatapera.blogspot.com.br/2017/12/muro-de-arrimo-do-marahu-caiu.html?m=1

MOSQUEIRANDO:  Que muro de arrimo? Arrimo de quê? Infelizmente, esse projeto já começou errado, pois é uma agressão ao meio ambiente. O Ministério Público deveria suspender essa obra, porque, além de ser um desperdício do dinheiro público, vai acabar definitivamente com uma das mais belas praias da Ilha.
Construir um muro de arrimo dentro da praia do Marahu, no ponto de arrebentação das fortes ondas que batem de frente é, no mínimo, falta de conhecimento do local onde é feita a obra. Este insucesso e desperdício de dinheiro já eram esperados. É melhor repensar o projeto, pois maré de sizígia ali, assim como no Paraíso, não é fácil. Por outro lado, muro de arrimo não é quebra-mar e deveria ser construído além da área de várzea, que é espaço de vazão nas grandes enchentes. É bom lembrar que a estrada que ali existia foi construída dentro da praia e o rio-mar vai sempre reclamar o seu espaço. Errar é humano, permanecer no erro é burrice!

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