Realizado há mais de vinte anos na Praia do Bispo (Ilha do Mosqueiro), o Mastro de São Caralho congrega muitos foliões no dia 1.º de julho, numa festa puramente profana para celebrar o início das férias e do veraneio. O Mastro de São Caralho, que evidentemente não tem nada de santo, já foi tema de um filme-documentário produzido por Márcio Barradas e premiado no II Festival Internacional de Cinema Social/FEST-FISC.
Segundo a Academia Portuguesa de Letras,
"CARALHO" é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se
encontrava no alto dos mastros das caravelas, de onde os vigias perscrutavam o
horizonte em busca de sinais de terra.
O CARALHO, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto do mastro) era onde se manifestava com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também era considerado um lugar de
"castigo" para aqueles marinheiros que cometiam alguma infração a
bordo. O castigado era enviado para cumprir horas e até dias inteiros no
CARALHO e quando descia ficava tão enjoado que se mantinha tranquilo por um bom
par de dias. Daí surgiu a expressão: “MANDAR P’RO CARALHO”.
Hoje em dia, CARALHO é a palavra que define
toda a gama de sentimentos humanos e todos os estados de ânimo.
Ao apreciarmos algo de nosso agrado, costumamos
dizer: “ISTO É BOM COM’Ó CARALHO”.
Se alguém fala conosco e não entendemos, perguntamos: Mas que CARALHO é que estás a dizer?
Se alguém fala conosco e não entendemos, perguntamos: Mas que CARALHO é que estás a dizer?
Se nos aborrecemos com alguém ou algo,
mandamo-lo pro CARALHO.
Se algo não nos interessa dizemos: NÃO QUERO SABER NEM PELO CARALHO.
Se, pelo contrário, algo chama a nossa atenção, então dizemos: ISSO INTERESSA-ME COM’Ó CARALHO.
Se algo não nos interessa dizemos: NÃO QUERO SABER NEM PELO CARALHO.
Se, pelo contrário, algo chama a nossa atenção, então dizemos: ISSO INTERESSA-ME COM’Ó CARALHO.
Também são comuns as expressões:
Essa mulher é boa com’ ó CARALHO (definindo a beleza);
Essa gaja é feia com’ ó CARALHO (definindo a feiura);
Esse filme é velho com’ ó CARALHO (definindo a
idade);
Essa mulher mora longe com ’ó CARALHO (definindo
a distância).
Enfim, não há nada que não se possa definir, explicar ou enfatizar sem juntar um “CARALHO”.
Se a forma de proceder de uma pessoa nos causa admiração dizemos:
"ESTE TIPO É DO CARALHO”.
Enfim, não há nada que não se possa definir, explicar ou enfatizar sem juntar um “CARALHO”.
Se a forma de proceder de uma pessoa nos causa admiração dizemos:
"ESTE TIPO É DO CARALHO”.
Se um comerciante está deprimido pela situação
do seu negócio, exclama:
“ESTAMOS A IR P’RÓ CARALHO”.
Se encontramos um amigo que há muito não
víamos, dizemos:
“PORRA, POR ONDE CARALHO É QUE TENS ANDADO? ”
É por isso que lhe envio este cumprimento do
CARALHO e espero que o seu conteúdo lhe agrade com ‘ó CARALHO, desejando que as
suas metas e objetivos se cumpram, e que a sua vida, agora e sempre, seja boa com‘
ó CARALHO.
A partir deste momento poderemos dizer "CARALHO", ou mandar alguém pro "CARALHO" com um pouco mais de cultura e autoridade académica ...
Envie esta mensagem para alguém de quem goste com’ ó “CARALHO”.
E TENHA UM DIA FELIZ! “UM DIA DO CARALHO”.
A partir deste momento poderemos dizer "CARALHO", ou mandar alguém pro "CARALHO" com um pouco mais de cultura e autoridade académica ...
Envie esta mensagem para alguém de quem goste com’ ó “CARALHO”.
E TENHA UM DIA FELIZ! “UM DIA DO CARALHO”.
FONTE: http://www.docspt.com/index.php?topic=4704.0
Os organizadores do II Festival Internacional
de Cinema Social / FEST-FISC divulgaram a programação oficial do evento, que
vai acontecer nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro. Atividade cultural autogestionada
do FSM, aberto para todos os formatos, tecnologias e linguagens, o FEST-FISC,
que recebeu filmes das mais diversas origens e propostas estéticas, não tem
caráter competitivo: todos os seus participantes recebem “Menção Honrosa”.
Sob responsabilidade do professor-doutor Hilton
P. Silva, do departamento de Antropologia da UFPa; e do poeta e realizador de
cinema, o professor-especialista em semiótica Francisco Weyl, a
organização/curadoria garante que o FEST-FISC valoriza a diversidade, a relação
local-global e a cultura como produção simbólica de construção de identidades e
de espaços plurais, de natureza intercultural, para a manifestação artística, a
fruição estética e o diálogo solidário.
A novidade deste ano, entretanto, é que, além de ser realizado na Universidade Cheik Anta Dioup, em Dakar, Senegal, durante o Fórum Social Mundial (FSM 2011), o FEST-FISC terá uma extensão Brasil, mais exatamente Belém, no âmbito do projeto Cinema de Rua, que retoma as suas atividades cineclubistas na Praça Tancredo Neves, sob a coordenação do Cineclube Amazonas Douro, REDE Aparelho e Movimento Cultural da Marambaia.
A novidade deste ano, entretanto, é que, além de ser realizado na Universidade Cheik Anta Dioup, em Dakar, Senegal, durante o Fórum Social Mundial (FSM 2011), o FEST-FISC terá uma extensão Brasil, mais exatamente Belém, no âmbito do projeto Cinema de Rua, que retoma as suas atividades cineclubistas na Praça Tancredo Neves, sob a coordenação do Cineclube Amazonas Douro, REDE Aparelho e Movimento Cultural da Marambaia.
Entre os filmes selecionados estão “”Como a
noite apareceu”, de Regina Mainardi (Espírito Santo); “O futuro manda
notícias”, de Amaury Tangará (Mato Grosso); “Visagem”, de Roger Lou (minas
Gerais); “Sonoro Diamante Negro”, de Suely Nascimento (Pará); e “O mastro de São caralho”, de Márcio
Barradas (Pará). Além destes filmes, o II FEST-FISC fará duas mostras (“Os 7
filmes capitais”, com sete filmes que participaram do I FEST-FISC, e
“Resistência Marajoara”, com filmes produzidos por jovens realizadores da ilha
do Marajó). Todos estes filmes passarão a fazer parte do acervo da PARACINE –
Federação Paraense de Cineclubes, que os utilizará com fins educativos, sem que
os mesmos venham a ser comercializados ou reproduzidos.
Tradição que remonta há pelo menos 20 anos, o Mastro de São Caralho se apresenta como
marco diferencial, por não existir como parte constituinte de festividade
nenhuma, mas sim por ser ele mesmo a própria festividade. Some-se a isso o fato
de propor uma recusa à tradição sincrética, por ‘inventar uma tradição’ própria
de profanidade, remontando ao mitológico deus grego Príapos, o São Caralho
daquela época. O São Caralho é milagroso e phoderoso; sua índole, contestatória
e anti-hipócrita; sua longa e dura luta sempre será contra qualquer forma de
discriminação, não aceitando interferência alguma de qualquer tipo de
“otoridades”, quaisquer que sejam. Sua festividade não tem fins lucrativos. E
como o mastro é reciclado, é também, enfim, um “santo” ecológico. Por isso, seu
número de ‘devotos’ vem se expandindo numa proporção geométrica. Trata-se de
uma divindade do povo, não das elites.
Argumento,
roteiro, operador de câmera e realizador: Márcio Barradas
Assistente
de câmera e operador de boom: Marcelo Bittencourt
Participações: Alcir Rodrigues,
Daniel Tavares, Aldo de Vasconcelos, Carlos Augustos Fonseca e Diva Palheta.
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