segunda-feira, 24 de julho de 2017

A IMAGEM E O TEMPO: "FAROFAFÁ" NA ILHA COM FILÉ, O REPÓRTER QUE DA PÉ




É verão amazônico e hora de aprontar a sacola para ir às praias.
Há 26 anos, o velho e grande rádio gravador carregado no ombro na altura do ouvido era eletro indispensável para quem queria " abafar" com as gatinhas... Isso sem falar na comida.
O dinheiro curto induzia a uma saída caseira de preparar tudo, arrumar no "isopor" e fazer a festa. O farofeiro virou algo pejorativo, sem nunca deixar de ser cultural. Símbolo de Outeiro, Mosqueiro, Marudá, Salinas.
Lá pelo início dos anos 90 do século passado, no programa "Outros" da TV Cultura, um repórter irreverente resolveu registrar esta memória inconsciente para a eternidade.
Mário Filé e seu " repórter que dá pé" nos enviam, na inesquecível reportagem, para aquele verão, antecipando um estilo que explodiria na década. 
No programa encontrado no YouTube, as aventuras de Filé na praia. Em meio à farofa, música nas alturas e tipos para todos os gostos, o registro é uma chance rara de rever uma cidade que ficou na memória.
FONTE: BELÉM ANTIGA
https://web.facebook.com/belemdopassado/?hc_ref=ARRx0lkyaDqEqKRBhMnqFRVW6DD9VXGQxPY9nuqOFClSu0OfPoiVjiU5SG98v7HnRWc&fref=nf

quarta-feira, 19 de julho de 2017

NA ROTA DA HISTÓRIA: UM PALÁCIO APENAS NO PROJETO


A desconhecida história de um palácio que o Murubira, em Mosqueiro, quase teve. Era o ano de 1913 quando a Associação Propagadora de Medicina Natural e Beneficente, anunciava que iria construir na aprazível praia do Murubira, um suntuoso edifício com quase 100 metros de frente, com uma altura de 33 metros e uma torre central.
O empreendimento teria também grande salões para cinemas, teatros, jogos de bilhar, biblioteca e restaurantes, um grande parque, com criação de peixes, áreas de esportes e um colégio misto.
Um palácio que ficou registrado na velha propaganda da revista. Sonhos de uma cidade que um dia sonhou se tornar Paris...

Fonte: Revista Fon Fon 6.9.1913
FONTE: 
https://web.facebook.com/belemdopassado/?hc_ref=ARQWSL173-fLM2G7e48ht3oPctLodkz4aF8L7rKKp0rjth-pGhUvZCobTLJvRZ5R4B8&fref=nf
Fonte: Revista Fon Fon 6.9.1913

quinta-feira, 6 de julho de 2017

EVENTO FESTIVO: 122 ANOS DA VILA DO MOSQUEIRO

Ewerton Freitas

Minha amada e querida Ilha de Mosqueiro 122 anos de história! 
Parabéns Ilha de contos e encantos! 
Que tu sejas tratada como merece por toda tua beleza natural! 
Aqui quero sempre morar e sempre irei te ajudar até os últimos dias de minha vida! 






HINO DE EXALTAÇÃO À ILHA DO MOSQUEIRO

Cesinha dos Anjos



sábado, 1 de julho de 2017

EVENTO CULTURAL: O MASTRO DE SÃO CARALHO

Realizado há mais de vinte anos na Praia do Bispo (Ilha do Mosqueiro), o Mastro de São Caralho congrega muitos foliões no dia 1.º de julho, numa festa puramente profana para celebrar o início das férias e do veraneio. O Mastro de São Caralho, que evidentemente não tem nada de santo, já foi tema de um filme-documentário produzido por Márcio Barradas e premiado no II Festival Internacional de Cinema Social/FEST-FISC.

Segundo a Academia Portuguesa de Letras, "CARALHO" é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas, de onde os vigias perscrutavam o horizonte em busca de sinais de terra. 














O CARALHO, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto do mastro) era onde se manifestava com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também era considerado um lugar de "castigo" para aqueles marinheiros que cometiam alguma infração a bordo. O castigado era enviado para cumprir horas e até dias inteiros no CARALHO e quando descia ficava tão enjoado que se mantinha tranquilo por um bom par de dias. Daí surgiu a expressão: “MANDAR P’RO CARALHO”.
Hoje em dia, CARALHO é a palavra que define toda a gama de sentimentos humanos e todos os estados de ânimo.
Ao apreciarmos algo de nosso agrado, costumamos dizer: “ISTO É BOM COM’Ó CARALHO”.
Se alguém fala conosco e não entendemos, perguntamos: Mas que CARALHO é que estás a dizer?
Se nos aborrecemos com alguém ou algo, mandamo-lo pro CARALHO.
Se algo não nos interessa dizemos: NÃO QUERO SABER NEM PELO CARALHO.
Se, pelo contrário, algo chama a nossa atenção, então dizemos: ISSO INTERESSA-ME COM’Ó CARALHO.
Também são comuns as expressões:
Essa mulher é boa com’ ó CARALHO (definindo a beleza);
Essa gaja é feia com’ ó CARALHO (definindo a feiura);
Esse filme é velho com’ ó CARALHO (definindo a idade);
Essa mulher mora longe com ’ó CARALHO (definindo a distância).
Enfim, não há nada que não se possa definir, explicar ou enfatizar sem juntar um “CARALHO”.
Se a forma de proceder de uma pessoa nos causa admiração dizemos:
"ESTE TIPO É DO CARALHO”.
Se um comerciante está deprimido pela situação do seu negócio, exclama:
“ESTAMOS A IR P’RÓ CARALHO”.
Se encontramos um amigo que há muito não víamos, dizemos:
“PORRA, POR ONDE CARALHO É QUE TENS ANDADO? ”                                         
É por isso que lhe envio este cumprimento do CARALHO e espero que o seu conteúdo lhe agrade com ‘ó CARALHO, desejando que as suas metas e objetivos se cumpram, e que a sua vida, agora e sempre, seja boa com‘ ó CARALHO.
A partir deste momento poderemos dizer "CARALHO", ou mandar alguém pro "CARALHO" com um pouco mais de cultura e autoridade académica ...
Envie esta mensagem para alguém de quem goste com’ ó “CARALHO”.
E TENHA UM DIA FELIZ! “UM DIA DO CARALHO”.

FONTE: http://www.docspt.com/index.php?topic=4704.0


Os organizadores do II Festival Internacional de Cinema Social / FEST-FISC divulgaram a programação oficial do evento, que vai acontecer nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro. Atividade cultural autogestionada do FSM, aberto para todos os formatos, tecnologias e linguagens, o FEST-FISC, que recebeu filmes das mais diversas origens e propostas estéticas, não tem caráter competitivo: todos os seus participantes recebem “Menção Honrosa”.
Sob responsabilidade do professor-doutor Hilton P. Silva, do departamento de Antropologia da UFPa; e do poeta e realizador de cinema, o professor-especialista em semiótica Francisco Weyl, a organização/curadoria garante que o FEST-FISC valoriza a diversidade, a relação local-global e a cultura como produção simbólica de construção de identidades e de espaços plurais, de natureza intercultural, para a manifestação artística, a fruição estética e o diálogo solidário.
A novidade deste ano, entretanto, é que, além de ser realizado na Universidade Cheik Anta Dioup, em Dakar, Senegal, durante o Fórum Social Mundial (FSM 2011), o FEST-FISC terá uma extensão Brasil, mais exatamente Belém, no âmbito do projeto Cinema de Rua, que retoma as suas atividades cineclubistas na Praça Tancredo Neves, sob a coordenação do Cineclube Amazonas Douro, REDE Aparelho e Movimento Cultural da Marambaia.
Entre os filmes selecionados estão “”Como a noite apareceu”, de Regina Mainardi (Espírito Santo); “O futuro manda notícias”, de Amaury Tangará (Mato Grosso); “Visagem”, de Roger Lou (minas Gerais); “Sonoro Diamante Negro”, de Suely Nascimento (Pará); e “O mastro de São caralho”, de Márcio Barradas (Pará). Além destes filmes, o II FEST-FISC fará duas mostras (“Os 7 filmes capitais”, com sete filmes que participaram do I FEST-FISC, e “Resistência Marajoara”, com filmes produzidos por jovens realizadores da ilha do Marajó). Todos estes filmes passarão a fazer parte do acervo da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes, que os utilizará com fins educativos, sem que os mesmos venham a ser comercializados ou reproduzidos.



Tradição que remonta há pelo menos 20 anos, o Mastro de São Caralho se apresenta como marco diferencial, por não existir como parte constituinte de festividade nenhuma, mas sim por ser ele mesmo a própria festividade. Some-se a isso o fato de propor uma recusa à tradição sincrética, por ‘inventar uma tradição’ própria de profanidade, remontando ao mitológico deus grego Príapos, o São Caralho daquela época. O São Caralho é milagroso e phoderoso; sua índole, contestatória e anti-hipócrita; sua longa e dura luta sempre será contra qualquer forma de discriminação, não aceitando interferência alguma de qualquer tipo de “otoridades”, quaisquer que sejam. Sua festividade não tem fins lucrativos. E como o mastro é reciclado, é também, enfim, um “santo” ecológico. Por isso, seu número de ‘devotos’ vem se expandindo numa proporção geométrica. Trata-se de uma divindade do povo, não das elites.
Argumento, roteiro, operador de câmera e realizador: Márcio Barradas
Assistente de câmera e operador de boom: Marcelo Bittencourt
Participações: Alcir Rodrigues, Daniel Tavares, Aldo de Vasconcelos, Carlos Augustos Fonseca e Diva Palheta.



MEIO AMBIENTE: O MURO DO BISPO VAI CAIR!

O muro de arrimo dos barrancos da praia do Bispo, o mais antigo da Ilha do Mosqueiro, que foi inaugurado em 1936 pelo prefeito Alcindo Cacela, está prestes a cair (Fotos - Wanzeller 2011).























































A ação do tempo, a infiltração das águas pluviais, a força das marés e a falta de conservação nos últimos cinco anos, responsabilidade da Prefeitura Municipal de Belém, colocam em risco de desabamento uma obra de 81 anos, cuja utilidade e importância histórica são incontestáveis (Fotos de 2017).
















Enquanto o Poder Público dorme, embalado nas redes da "burrocracia", a Natureza age e o povo fica "a ver navios que passam ao largo", aguardando as reformas na orla da Ilha e a interminável construção do Terminal Hidroviário. Espero que aquelas colunas, lembranças de uma obra inacabada da década de 50, sirvam de alerta para a atual administração (Fotos de 2017).