Abandonada há muito tempo, parece que a orla
praiana da Ilha do Mosqueiro vai, finalmente, ser recuperada pela Prefeitura
Municipal de Belém, a qual receberá do Governo Federal para o projeto vinte e
cinco milhões de reais. Segundo os nossos cálculos, um trabalho realmente
eficaz e completo de recuperação de sudoeste a leste da Ilha custaria aos
cofres públicos trezentos milhões.
Esperamos que o aval para o projeto seja dado
pela engenharia ambiental, pois reconstruir simples muros de arrimo nas praias
do Mosqueiro, sem características de quebra-mar, é deixar o dinheiro do povo
ser levado pela maré. E isso não é bom para os que ali moram, frequentam e
trabalham, nem para o próprio Governo. Quanto ao povo, só resta fiscalizar a realização
e a seriedade da obra. Afinal de contas, o dinheiro é nosso!
E já que o Governo Federal está disposto a
revitalizar a urbanização da Ilha, poderia muito bem destinar uma verba para a
ressurreição do projeto de esgotamento sanitário, morto, enterrado e esquecido
pela Prefeitura nas ruas do Mosqueiro. Outra verba poderia contemplar o
saneamento e drenagem de um trecho do igarapé Cariacanga, por onde escoa 90%
das águas pluviais da Vila, o qual vem causando transtornos permanentes à
população.
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