sexta-feira, 15 de julho de 2016

CANTANDO A ILHA: CAMINHO DE MARAUH


Postado pelo Prof. Alcir Rodrigues


Caminho de Marauh
-- Sobre uma fotografia de Max Martins nas areias do Marauh-

Autor: Antonio Juraci Siqueira


Aonde vais
estranho peregrino
com teus sonhos de mar?

Onde estão teus irmãos
e quantos tentam
roubar teu travesseiro recheado
de estrelas e navios?

Prossegue sem temer que teu cajado
conhece a poesia desse caminho
que nasce, sempre, quando o Sol descansa
e se desfaz a cada amanhecer.

As pedras conhecem teu destino
o vento afaga as rugas do teu rosto
e a areia soletra tua mudez

mas só teus olhos ternos de poeta
conhecem os segredos do caminho
que te leva ao coração de Marauh.

O autor:

                                                                                                             

Sou marajoara de Cajari, município de Afuá, onde, ainda menino, descobri a literatura através dos folhetos de cordel. Licenciado pleno em Filosofia pela Universidade Federal do Pará, pertenço a várias entidades lítero-culturais e atuo como professor de filosofia, oficineiro de literatura, performista e contador de histórias. Possuo mais de 80 títulos individuais publicados entre folhetos de cordel, livros de poemas, contos, crônicas, literatura infantil, histórias humorísticas e versos picantes, além de poemas musicados por compositores locais. Colaboro com jornais, revistas e boletins culturais de Belém e de outras localidades, além de contar com mais de 200 premiações literárias em vários gêneros, em âmbito nacional e local.

Printe extraído do Blog do Boto Disponível em: https://www.blogger.com/profile/16364111055912882456. Acesso em: 26 jun. 2016. Link abaixo:
http://blogdobotojuraci.blogspot.com.br/

Cremos que a foto a que se refere Antônio Juraci Siqueira é esta, abaixo:


Foto: Octavio Cardoso
Imagem disponível em:
http://www.elfikurten.com.br/2013/09/max-martins-o-mestre-aprendiz.html. Acesso em: 26 jun. 2016.

FONTE:http://moskowilha.blogspot.com.br/2016/06/um-dos-meus-poemas-prediletos-caminho.html

quinta-feira, 14 de julho de 2016

EVENTO CULTURAL; COMEMORAÇÃO DO DIA DO ROCK


Ontem, 13 de julho de 2016, como há vários anos, a Barraca Empasta's Bar promoveu mais um Festival para comemorar o Dia do Rock. O evento contou com a participação de várias bandas e com um público bastante animado.








FOTOS: https://web.facebook.com/daniel.rodriguestavares





quarta-feira, 13 de julho de 2016

MEIO AMBIENTE: CONTER O DESMATAMENTO NÃO GARANTE A BIODIVERSIDADE DA AMAZÔNIA


Postado por Pedro Leão









O sucesso de políticas públicas depende de controlar o impacto de outras ações humanas que tornam vulneráveis as matas
BELÉM - Conter o desmatamento é primordial, mas não é suficiente para a conservação das florestas tropicais indica a nova contribuição dos pesquisadores da Rede Amazônia Sustentável – RAS, vinculada ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia. O sucesso de políticas públicas depende também de controlar o impacto de outras ações humanas que tornam vulneráveis as matas remanescentes, como a exploração madeireira ilegal, incêndios e a fragmentação de áreas florestais. Essa conclusão está na mais nova edição de um dos mais importantes periódicos científicos internacionais - a revista Nature. 
Tendo como autor principal o ecólogo Jos Barlow (Universidade de Lancaster, pesquisador do INCT e do Museu Goeldi), o estudo ‘Anthropogenic disturbance can be as important as deforestation in driving tropical biodiversity loss’ reuniu pesquisadores de 18 instituições, dentre as quais 11 brasileiras, para avaliar a relação e importância de perturbações no interior e na borda da floresta e o desflorestamento para a perda de biodiversidade.                            
A região focal do estudo é o leste da Amazônia brasileira, onde a ação humana nas últimas décadas foi responsável pelo maior índice de perda da cobertura florestal e de espécies da região amazônica. A paisagem é marcada por fragmentos florestais em meio a uma diversidade de diferentes usos da terra.                                         
Os autores do artigo mediram o impacto geral das perturbações florestais mais comuns – o que inclui a exploração madeireira, os incêndios e a fragmentação de florestas remanescentes – em 1.538 espécies de árvores, 460 de aves e 156 de besouros encontrados em 36 bacias hidrográficas na Amazônia paraense. E o resultado questiona as estratégias de conservação adotadas pelo governo brasileiro, que centra o foco no combate ao desflorestamento: os cientistas demonstraram que, para a floresta tropical, os efeitos das perturbações causadas pelo fogo, extração de madeira e a fragmentação das matas resultam em perda de biodiversidade tão ostensiva quanto à causada pelo desmatamento.                                                
O estudo cobre uma lacuna de informação até então existente para a ciência. Uma das principais pesquisadoras do projeto, Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental aponta: “Conseguimos oferecer evidências convincentes de que as iniciativas de conservação amazônica precisam considerar os efeitos combinados das perturbações florestais e o desmatamento. Sem ações urgentes, a expansão da exploração ilegal de madeira e a ocorrência cada vez maior de incêndios causados pelo homem irão resultar em áreas de florestas tropicais cada vez mais degradadas, conservando apenas uma pequena fração da exuberante diversidade que já abrigaram”.
Quando analisado em conjunto, o efeito das atividades humanas resultantes em perturbações florestais no Pará é equivalente a uma perda adicional de mais de 139.000 km2 de floresta intacta e correspondente a todo o desmatamento detectado no estado desde 1988, ano que inaugurou o monitoramento oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.
Pesquisador do INPE e também um dos autores do artigo, Luiz Aragão, destaca: “O Brasil conseguiu reduzir seu desmatamento em cerca de 80% como resultado de seu Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Contudo, demonstramos neste estudo que ainda precisamos, urgentemente, de um planejamento governamental orquestrado para quantificar a extensão e impactos da degradação florestal se quisermos resguardar nossa biodiversidade, estoques de carbono e serviços ecossistêmicos".
Ao analisar as estratégias predominantes de conservação ambiental, o pesquisador senior do projeto, Toby Gardner, do Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI), é enfático: “As florestas tropicais são um dos mais valiosos tesouros biológicos do planeta. Ao focar exclusivamente nas extensões de floresta remanescentes, sem levar em conta o estado de saúde dessas áreas, as atuais iniciativas de conservação estão colocando em perigo tal riqueza”.
Espécies raras são as mais ameaçadas - Os cientistas também descobriram que espécies sob o risco máximo de extinção foram as mais atingidas pelas perturbações causadas por atividade humana.
Ima Vieira, pesquisadora titular do Museu Goeldi, coordenadora do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia e uma das autoras do artigo, exemplifica: “O estado do Pará abriga mais de 10% das espécies de aves do planeta, muitas das quais endêmicas. Nossos estudos demonstram que são justamente estas espécies as que estão sofrendo o maior impacto da ação antrópica, pois elas não sobrevivem em ambientes com estes níveis de perturbação”.
Para Ima, os dados ilustram a necessidade da atenção especial quanto às estratégias de conservação e restauração de florestas. “Situado integralmente no bioma amazônico, o Pará é o estado na região que mantém a maior infraestrutura urbana, viária, agropecuária e de exploração mineral, projetos que promovem grande impacto na paisagem, ameaçam a biodiversidade e às formas tradicionais de produção”, pondera Vieira.
É preciso ir além do combate ao desmatamento - A redução do desmatamento é acertadamente o principal foco da maioria das estratégias de conservação em nações tropicais, contudo a condição das florestas remanescentes precisa ser avaliada ou mesmo controlada por políticas públicas.
“Ações imediatas são necessárias para combater as perturbações florestais em países tropicais”, explica Silvio Ferraz, da Universidade de São Paulo (USP). “No caso do Brasil, a situação é ainda mais crítica, já que 40% dos remanescentes de florestas tropicais da Terra se encontram aqui”, completa o pesquisador, que integrou a equipe do estudo. Ainda que donos de terras na Amazônia brasileira sejam obrigados por lei a manter 80% da cobertura primária em suas propriedades, a nova pesquisa demonstra que, em paisagens nas quais a lei é cumprida, a metade do valor potencial de conservação já pode ter sido perdida.
“Estes resultados devem servir de alerta para a comunidade global”, afirma Jos Barlow, o principal autor do estudo. “O Brasil demonstrou uma liderança sem precedentes no combate ao desmatamento na última década. O mesmo nível de liderança é necessário agora para proteger a saúde das florestas restantes nos trópicos. Do contrário, décadas de esforço de conservação terão sido em vão”.
A Rede Amazônia Sustentável (RAS) é um consórcio de instituições brasileiras e estrangeiras, coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental, Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade de Lancaster (Reino Unido) e Instituto Ambiental de Estocolmo (Suécia). A RAS faz parte do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, financiado pelo CNPQ.
O INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia está sediado no Museu Goeldi e tem como propósito gerar informações e abordagens inéditas sobre como intensificar as oportunidades de conservação ambiental na região mais antropizada da Amazônia Brasileira, visando subsidiar os atores responsáveis pela gestão regional com dados técnico-científicos de excelência na escolha de alternativas para problemas socioambientais no presente e no entendimento de possíveis cenários futuros.
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FONTE: http://mosqueiroambiental.blogspot.com.br/2016/07/conter-o-desmatamento-nao-garante.html

sexta-feira, 1 de julho de 2016

EVENTO JUNINO: 98.ª FESTIVIDADE DE SÃO PEDRO DO AREIÃO

Na praia do Areião, a homenagem ao Santo Padroeiro dos Pescadores se repete ano após ano, desde 1918, iniciada pelos pescadores da Vila e da ilha do Marajó, com o incentivo da Sr.ª Isabel Palheta e, a partir de 1920, com a organização da Colônia de Pescadores Z-9, ali sediada durante muito tempo. Atualmente, a Prof.ª Maria Diva Palheta, coordenadora oficial da festa, luta tenazmente para manter viva uma tradição de noventa e oito anos, incorporada pelo povo mosqueirense como fato folclórico, ao mesmo tempo religioso e profano. Vale ressaltar que a Festividade de São Pedro do Areião já é Patrimônio Imaterial do Município de Belém.

Fotos: Luciana Bittencourt






























Fotos de Christopher Bahia: