Autor: Prof. Arnaldo Rodrigues
Uma butique de raças
na feira tupiniquim,
uma flor que não é do Lácio,
mas que tem o seu latim
no grito do índio murubira,
no chalé que o branco inventou,
na ginga do negro,
de Osmar e de Dodô.
Cinco Bocas, cinco cantos
cantando o carimbó;
cinco bocas, cinco santas,
Santa Senhora do Ó;
cinco bocas, cinco encantos,
encantam o Poeta Mor;
cinco bocas, cinco cantos,
decantam uma só voz:
“Olha Os Piratas,
Os Peles Vermelhas
e o Tá Feio,
mas que beleza.
quero pular,
não vou negar,
pois eu não minto,
são cinco bocas
multiplicando
ah!... são outras mil
Chapéu Virado, Bispo, Farol
e o carnaval no coração
do Brasil”.
FONTE: Rodrigues, Arnaldo. Cabeleira: o papa chibé em prosa e verso. Belém, 1998, p. 79.
Nenhum comentário:
Postar um comentário