sexta-feira, 2 de maio de 2014

NA ROTA DA HISTÓRIA: A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO NA ILHA DO MOSQUEIRO

 

Quem adentra a Praça da Matriz após desembarcar no Trapiche da Vila -- primeiro portal da Ilha por onde já passaram milhares de veranistas -- pode observar, à esquerda, um bonito monumento que traz destacada a estátua da Princesa Izabel, em cujo pedestal existe a sugestiva inscrição “Somos Todos Irmãos!”.

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A estátua esculpida em bronze, que está de frente para o rio Pará, possui um valor histórico inestimável, por ser um elemento comemorativo do dia em que terminou a escravidão negra na Ilha: 06 de maio de 1888.

Segundo o museólogo e historiador Prof. Orlando L. M. de Moraes Rego, em sua obra Calendário Histórico de Belém (1616-1946), nesse dia, foram declarados livres todos os escravos da Vila do Mosqueiro, nos arredores de Belém.

Na mesma data – conforme a obra citada – assumia em Belém o Governo do Pará, o Dr. Miguel Joaquim de Almeida Pernambuco, que chegara à cidade no dia anterior. Também assumia, pela terceira vez, o último Comandante das Armas do regime monárquico do Pará, Brigadeiro José Angelo de Moraes Rego.

O movimento decisivo para a libertação dos escravos em nosso Estado fora iniciado um mês antes, conforme pesquisa realizada por Augusto Meira Filho, registrada na página 441 de seu livro Mosqueiro Ilhas e Vilas:

Também o mestre Manuel Barata revela, em seu trabalho “O Clube Republicano do Pará” (In- Formação Histórica do Pará – ed. 1973 pg. 348) que: “A fim de promover a libertação total dos escravos da província, foi naquele ano criada a Liga Redemptora, constituída pelos chefes dos partidos políticos militantes, inclusive o presidente do Diretório Republicano. Dela foi secretário o Dr. José Henrique Cordeiro de Castro, em cujo escritório, no Largo do Palácio nº. 32, foi a Liga instalada a 6 de abril e funcionou diariamente, até que a lei de 13 de maio veio encontrá-la no seu profícuo labor patriótico. Por seus esforços tinham já sido declaradas solenemente emancipadas as povoações do Pinheiro e do Mosqueiro.”

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